Instituto Chico Mendes (ICMBio) inicia estudos para potencializar o uso de drone

Meta é verificar a utilização dos drones 
para diversas atividades do Instituto.


Servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ibama e Serviço Florestal Brasileiro (SFB) finalizaram, no último sábado (11), a capacitação sobre potencialidades do uso de drones. O objetivo do curso foi dar noções sobre o funcionamento do material para, mais tarde, medir a eficácia de seu uso nas atividades desempenhadas pelo órgão.

A Coordenação de Fiscalização (COFIS) adquiriu no mês de julho três veículos aéreos não-tripulados, sendo dois de asa rotativa e um de asa fixa com o objetivo inicial de contribuir nas atividades de fiscalização. No entanto, a ideia também é a de formar um grupo que possa verificar a capacidade do equipamento para contribuir em outras ações, como consolidação territorial e uso público. “O que desejamos é que os drones sejam utilizados como uma ferramenta estratégica de gestão da Unidade de Conservação, compreendendo todos os seus processos, não só o da fiscalização”, explica o coordenador da COFIS, André Alamino.

Com a capacitação, os servidores se tornarão aptos a contribuir para a elaboração de normativas da aquisição e uso de drones. “Atualmente temos uma ampla variedade de drones, nos seus mais variados formatos e preços. Feita a análise de potencialidade de uso, vamos poder apontar qual modelo nos atende da melhor forma”, diz Alamino.

Entre os conteúdos abordados no curso, que foi conduzido pelo analista ambiental do ICMBio e membro da Confederação Brasileira de Aeromodelismo (COBRA), Rafael Xavier, estão os componentes principais (bateria, emissor, monitor e câmeras), noções de voo para asa fixa e asa rotativa, uso de sistemas de controle automático e as legislações e normas para o uso de drones (atualmente ancorados pela Anatel, responsável pela certificação de radiofrequência; ANAC e Ministério da Defesa).

“A parte da formação em legislação e normas vigentes foram muito importantes para nós até para segurança do próprio servidor que será responsável pela operação dos drones”, destaca o técnico ambiental da Divisão de Monitoramento e Informações Ambientais (DMIF), Vítor Vasconcelos.


Os participantes finalizaram o curso com uma parte prática no Ibama no Parque Nacional de Brasília. Eles viram o funcionamento e mapearam uma área de cascalheira no Parque; adquiridas as imagens, foi dada uma prévia abordagem no software de tratamento da imagem e assim obtido um mosaico.

Para a prática da atividade, os participantes foram divididos em três grupos para voos de testes em cada um dos drones. “Os voos serviram para aprimorar nossa técnica que foi ensinada nas aulas teóricas e nas simulações em computador”, conta Vasconcelos.

“O drone é muito versátil e pode ser usado para diversas finalidades. O SFB vai usar para cubagem de madeira, que é o cálculo de quantos metros cúbicos de madeira foram extraídos e quantos são permitidos pelo plano de manejo florestal sustentável”, explica a servidora do SFB, Ana Luiza Cerdeira. Já para Vasconcelos, os drones serão de grande ajuda para o geoprocessamento de áreas mais eficiente. “Os drones nos dão uma grande ajuda com imagens muito detalhadas que com certeza serão úteis para as nossas análises”, pontua.

Drones na fiscalização

O ICMBio já vem utilizando drones em parcerias com outros órgãos em ações de fiscalização. Esses equipamentos podem ser empregados de maneira tática e estratégica, especialmente no geoprocessamento. “O drone traz mais segurança para o agente e mais precisão ao possibilitar trabalhos prévios de planejamento para subsidiar estratégias”, explica Alamino.

Antes de serem utilizados em ações de operação, testes já são realizados em simulações a atividades reais mais controladas. A próxima fase será uma estruturação interna para ver qual será o locus e como será operacionalizada o uso de drones pela Instituição bem como a capacitação dos pilotos. “A princípio, o perfil desejado é disponibilidade para participar das ações de fiscalização”, conclui Alamino.

Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280

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