Fabricante de tratores lança mapeamento com drones



A Case IH, fabricante de tratores e colheitadeiras com planta industrial em Sorocaba, lançou neste mês o serviço de mapeamento aéreo para a agricultura, oferecido pela rede de concessionários da marca. Com o drone, é possível analisar áreas de plantio, monitorar, identificar pragas e doenças e ter rapidez na captação de imagens para mapas e relatórios. O serviço se insere no conceito de agricultura de precisão, que traz ganhos e produtividade e eficiência.


"O objetivo é agregar valor à máquina agrícola. Ou seja, mostrar como é possível aumentar a qualidade do plantio e da pulverização, além de reduzir a utilização de insumos", diz Silvio Campos, diretor de marketing do grupo.


O equipamento, segundo Johann Coelho, cofundador da Bembras Agro -- empresa responsável pelo mapeamento -- pode ser usado nas mais diferentes culturas, como a de cana-de-açúcar e de grãos. Os mapas podem ser gerados para altimetria e curvas de nível, fornecer projetos de escoamento de água no terreno (drenagem), definir linhas de plantio de cana-de-açúcar (sulcação) e linhas de colheita, para matologia (identificação de plantas daninhas) e para planejar linhas de aplicações.


Por meio das imagens feitas pelo drone e pelos relatórios, o agricultor pode verificar possíveis falhas de plantio, população de plantas, a qualidade de espaçamento e a biomassa (saúde vegetal). "Se um relatório apresenta uma falha grande no plantio em uma determinada área, o produtor pode definir se vale a pena replantar no local ou não", exemplifica Campos.

O serviço gera economia de tempo e de combustível, pois para fazer um mapeamento com um equipamento agrícola, o produtor tem gastos com operador, diesel e o desgaste da máquina, sem ter a garantia de que, desta forma, conseguirá fazer um mapeamento completo, segundo o diretor de marketing da Case IH. Segundo ele, a captação das imagens com drone ocorre em 50 minutos em uma área de 30 hectares, por exemplo, e em no máximo dois dias o produtor tem acesso aos relatórios.


Felipe Sousa, gerente de negócios e soluções da Case IH, destaca que a associação de uso do drone com máquinas agrícolas com piloto automático se torna ainda mais atrativa para o agricultor. "Com as informações obtidas pelo mapeamento, o produtor pode programar a máquina para uma colheita mais eficiente, sem desperdício de solo." Sousa cita as vantagens, que são de retorno imediato ao produtor, com eliminação de falhas e sobreposição, diminuição de consumo de combustível por hectare e aumento do desempenho operacional.

O gerente afirma que o produtor rural, quando adquire uma máquina agrícola, pode solicitar ao concessionário o serviço de mapeamento. "O próprio concessionário vai até a propriedade para fazer a captação de imagens e depois a Bembras produz os relatórios." O serviço é comercializado por hectare e por relatório, custado, em média, R$ 12 por hectare. "Numa área de 30 hectares, por exemplo, o mapeamento aéreo, com relatório de altimetria e de linhas de plantio custaria R$ 1.100. Da forma convencional, com um trator, o produtor gastaria pelo menos o dobro", diz Sousa.


fonte: jornal cruzeiro

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