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Donos de quiosques em Boa Viagem doam drone para Polícia Militar
O equipamento de sobrevoo adaptado para receber câmeras ou aparelhos celulares pode ser controlado através de um monitor
Por: Redação OP9
Os comerciantes donos de quiosques na orla de Boa Viagem, cansados da insegurança no local, reuniram-se para comprar um drone e doar para a polícia. A ação tem como objetivo reforçar a segurança na área. O equipamento que custou R$ 4,5 mil foi entregue nesta quarta-feira (30), ao 19º Batalhão da Polícia Militar (BPM).
Esse drone é um equipamento de sobrevoo adaptado para receber câmeras ou aparelhos celulares, podendo ser controlado através de um monitor. Resistente a trabalhos pesados e ambientes hostis, o aparelho permite que o usuário tenha imagens captadas de longas distâncias. A doação do equipamento para a PM visa ajudar o trabalho do efetivo no monitoramento da orla. “Usaremos para fazer a vistoria aérea e noturna. Nosso trabalho será facilitado com esse aparelho”, afirmou o major Ewliel Tomás.
Uma mesma experiência está sendo usada no 11º BPM, atuante na Zona Norte da capital. “Lá observamos que a visão do efetivo foi ampliada, melhorou as operações e diminuiu a violência”, relatou o major. Segundo os comerciantes, o período da noite é considerado um dos piores para quem está na orla e os barraqueiros. “Os criminosos se sentem à vontade de cometer crimes e vandalismo a noite, principalmente pós festas onde aproveitam para roubar”, contou o barraqueiro Tomé Ferreira de Lima, mais conhecido por Zezinho.
Esta quarta, o efetivo da polícia recebeu um treinamento com operadores especializados no equipamento. Após a conclusão, o drone passará a ser utilizado. “Ele será equipado com uma câmera e vai proporcionar a equipe uma visão do que está se passando no bairro”, relatou o major.
Violência
Algumas pessoas tiveram suas bicicletas e celulares roubados, na terça-feira (29), na Avenida Boa Viagem. O crime aconteceu por volta das 7h30. A polícia foi acionada e conseguiu prender um dos suspeitos na comunidade do Bode, no Pina, na Zona Sul. Remilson José de Lima, de 21 anos, estava escondido em casa e apontou onde o outro suspeito, Abdala Araújo Ferreira, de 20 anos, estaria.
Em posse da dupla, foram recuperados objetos roubados e apreendido um simulacro de pistola utilizado no crime. A dupla confessou o assalto e afirmou que o produto seria trocado por entorpecentes. De acordo com a polícia, os dois são suspeitos de praticar diversos assaltos na mesma área. Remilson e Abdala foram autuados em flagrante por assalto.
"Em áudio publicado no Twitter oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), o Coronel Jorge Vargas afirma que a ajuda de pilotos de drones na busca por desaparecidos “é muito bem-vinda”, mas pede àqueles que pretendem operar ou que estejam operando na região de Brumadinho que procurem o Major Haberfeld, da FAB, na Faculdade ASA para que seja efetuado o devido cadastro."
FAB procura pilotos de drones para ajudar nas operações de busca em Brumadinho https://t.co/GXURyLj7VC
A central logística do Grupo L’Oréal, Cosmétique Active Internacional (CAI), está apostando na utilização de drones para realizar a gestão de stock das suas instalações, em Vichy, França.
Aparelho selecionado é o Eyesee, do Hardis Group, e vai criar uma maior eficácia na tarefa de balanço anual, reduzindo o tempo das equipas. Desta forma, os trabalhadores podem-se concentrar em atividades de maior importância.
Guillaume Bosselin, director da CAI, afirma que “com esta nova solução, não temos que parar a atividade da central durante três dias para fazer o inventário anual e podemos oferecer um melhor serviço aos nossos clientes durante esse período, preservando, além disso, a segurança dos nossos funcionários”.
Centro de operações recebe os produtos terminados das fábricas do grupo, armazena-os e envia-os para 50 filiais a nível internacional.
Foi a primeira vez que o Ministério Público Federal
utilizou esse tipo de equipamento para produção de
provas. Ação aconteceu em Caicó, no Seridó potiguar.
Pela primeira vez, o uso de drones pelo
Ministério Público Federal (MPF) possibilitou a
produção de provas, que o órgão considerou que foram
cruciais para a comprovação do dano ambiental causado
por uma mineradora. Alvo de uma ação civil pública,
a empresa tinha licença para prospectar minério de ferro
na área conhecida como Sítio Serra da Cruz, localizada
em Caicó, no Seridó potiguar. A região recebe turistas de
todo o Brasil e é conhecida pela concentração de cavernas,
onde há pinturas rupestres e rios subterrâneos.
Estudos realizados por espeleólogos
(especialistas em cavernas) do Rio Grande do Norte
indicaram degradação ambiental na área de influência
daquelas cavidades, inclusive com o aumento do aspecto
turvo do rio subterrâneo. Embora a suspeita fosse de
dano ambiental decorrente da atividade de mineração,
não existiam meios adequados para
comprovar a hipótese.
“Foi por meio das análises geográficas realizadas com o auxílio do drone que conseguimos assegurar a existência do dano às cavidades das grutas, consistentes na supressão da cobertura vegetal e na modificação da topografia. Foi possível atestar esses danos pela presença de cortes, aterros e terraplanagem executada para abertura de vias de acesso e praças de sondagem”,
explica a procuradora Maria Clara Lucena,
responsável pela investigação.
O cruzamento das imagens obtidas pelo drone
com outros bancos de dados demonstrou que a água
da chuva poderia ter levado os detritos da atividade
mineradora para o interior da caverna.
“O caso de Caicó é emblemático porque o uso do drone foi essencial para produção da prova técnica que subsidiou a atuação do MPF. Sem ele, dificilmente a procuradora conseguiria fortalecer a tese de que a contaminação da bacia hidrográfica da caverna pode ter sido causada pela atividade de mineração”,
acrescentou Marcelo Pires da Silva, diretor
do Centro Nacional de Perícia do MPF.
Ele diz que o MPF adquiriu dois equipamentos
em janeiro de 2018, e, em agosto, foi oferecido
treinamento para servidores, que passam a ser
multiplicadores dos conhecimentos adquiridos.
“Os procuradores podem contar com mais essa ferramenta em sua atuação. O uso dos drones elevou a qualidade do trabalho de perícia”,
avalia.
Apesar de a utilização de drones não ser novidade,
a abordagem no âmbito do MPF é inédita. Isso porque
a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea), órgão
de apoio científico às investigações, passou a adotar técnicas
de aerolevantamento capazes de fazer medições de
distâncias, áreas e volumes, além da produção de modelos
digitais de relevo que permitem conhecer as variações
de altitude na área levantada. Tudo isso com resolução
habilitado faz a delimitação da área a ser trabalhada e,
em função dela, estima a altura do sobrevoo.
“Todo o trabalho é feito com o auxílio de um aplicativo por meio do qual se faz o planejamento de voo. Na medida em que a aeronave se desloca, ela tira, automaticamente, fotografias da área de interesse, criando uma imagem em faixas, em que cada fotografia se sobrepõe às fotografias vizinhas em cerca de 70%. Essa técnica, tradicionalmente aplicada em aerolevantamentos com aviões, permite a correção geométrica do conjunto de fotografias, que tipicamente possuem distorções, e, assim, é possível, por exemplo, fazer o cálculo entre diferentes pontos”,
explica o perito em geologia do MPF Humberto Lima, responsável pelo trabalho realizado em Caicó, juntamente com o perito em engenharia florestal Alan Mocochinski.
Em seguida, essas imagens são tratadas
em um software para gerar um mosaico de alta
resolução, que é georreferenciado
(com coordenadas de GPS).
Vantagens
Antes do surgimento dos drones, o trabalho de
aerolevantamento era realizado por aviões ou a partir
de imagens de satélites. No entanto, a depender da
circunstância da investigação – uma localidade
na região amazônica, por exemplo –, o uso das técnicas
tradicionais pode não ser a mais adequada.
“Os serviços com aeronaves tripuladas são extremamente caros. No caso dos satélites, não há imagens de todos os locais fiscalizados, o custo para a utilização dos serviços também é alto e muitas dessas imagens estão desatualizadas”,
adverte Humberto Lima.
Além da economia de recursos, as aeronaves diminuem
o tempo das perícias e permitem a realização de um
trabalho mais seguro para peritos, pois não é preciso
deslocar a equipe até determinadas regiões marcadas por
conflitos (o operador pode guiar o drone a uma distância
segura de 1km), e até mesmo permitir que a equipe
realize o levantamento sem ser notada.
Outras perícias
Dois casos recentes também ajudaram procuradores
do MPF no combate a ocupações de áreas protegidas
por lei. O primeiro aerolevantamento da PGR foi feito em
Aruanã (GO), em setembro de 2018, nas margens do Rio
Araguaia, numa área de 79 hectares. Na ocasião, foram
verificados loteamentos irregulares nas margens do curso
d'água, e foi feito um levantamento sobre o número de imóveis
nas margens do rio, área construída e portos. Ao todo,
19 propriedades foram vistoriadas.
O outro foi o acompanhamento da execução de
um termo de ajustamento de conduta na Vila Varjão,
comunidade do Distrito Federal situada em área de
preservação ambiental. O procedimento, realizado em
outubro passado, foi instaurado em razão do descumprimento
de cláusulas do acordo que eram de responsabilidade do
Ibama, do Governo do Distrito Federal e da Terracap.
A perícia verificou ocupações irregulares nas três
unidades de conservação distritais que circundam a
Vila Varjão: a Área de Relevante Interesse Ecológico do