Portugueses começam a apostar nas aeronaves não tripuladas

Portugueses começam a 

apostar nas aeronaves não tripuladas


- Portugal está presente na Cimeira Europeia de Drones, 
que hoje começa, e a APANT quer que estas 
aeronaves façam parte do futuro do país 
na agricultura, segurança e 
levantamentos topográficos 

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Drones são para brincadeiras, 
mas também para assuntos sérios. Afinal, há
 três semanas, o governo grego decidiu usar
 drones para controlar a fuga aos
 impostos na ilha de Santorini. 

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Na Grécia o uso das novas tecnologia
serve para contar o número de turistas e assim 
conseguir fazer a comparação com o número 
de faturas emitidas. Num só dia, não foram
declarados 25 mil euros e os 
drones foram os heróis. 


Os aparelhos são inspirados em bombas.
 É verdade. Durante a ii Guerra Mundial, os alemães desenvolveram a buzz bomb, ou V-1, conhecida 
pelo barulho que fazia. Voava apenas em linha
 reta e, apesar de ser um alvo fácil, teve um impacto 
considerável. Mas a evolução e o tempo 
encarregaram-se de transformar bombas 
em aparelhos que podem potenciar 
a economia de um país, por exemplo. 

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Agora, os drones estão concentrados
 em Frankfurt, na primeira edição da Cimeira Europeia 
de Drones. O objetivo é reunir a indústria, os reguladores
 europeus e os utilizadores das aeronaves não tripuladas para discutirem e procurarem novas ideias para o desenvolvimento do setor. Nesta linha, a Comissão Europeia garantiu a adaptação dos regulamentos de aviação em conformidade 
com estes aparelhos até ao final do ano.


Os portugueses também voaram até 
Frankfurt A Associação Portuguesa de Aeronaves 
Não Tripuladas (APANT) vai esta presente 
na cimeira da Alemanha através do seu presidente, 
Gonçalo Matias. “É a forma que temos de 
internacionalizar o nosso setor”, diz Jesús Conde, 
vice--presidente da APANT, adiantando que “o que
 pretendemos é trazer boas práticas para que 
as nossas empresas estejam lá fora, e o contrário. 
Esse é também o grande objetivo do nosso
 presidente, ir lá e trazer ideias e, naturalmente, 
iniciativas e projetos europeus para 
envolver as nossas empresas.”

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Em nível nacional, a quantidade 
de drones tem aumentado. De acordo
 com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), 
em julho do ano passado estavam registados 13 256 
drones e, em julho deste ano, o número subiu para
 perto de 50 mil – um aumento que coincide 
com a aprovação da lei que pretende reforçar 
o controlo de drones na segurança pública. 

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Os aparelhos com mais de 
250 gramas têm de estar registados na base 
de dados da ANAC e os aparelhos que 
excedem os 900 gramas são obrigados 
a ter um seguro de responsabilidade civil 
para prevenir eventuais danos provocados 
a terceiros em caso de acidente. 
As coimas podem ir até aos 7500 euros. 


O número de drones 
em Portugal de uso recreativo é ainda superior ao dos 
drones utilizados profissionalmente. 
Jesús Conde refere que “estamos muitas 
vezes a olhar para os drones como uma
 brincadeira, aqueles drones de lazer, 
mas estamos muito longe daquilo que ainda 
vamos conseguir com os drones” porque existe
 uma ampla gama de hipóteses ainda por
 explorar onde há vantagens na utilização 
destas pequenas aeronaves não tripuladas.

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As vantagens de Portugal em 
matéria de drones é a existência de centros de testes. 
O clima é propício ao voo e o facto de termos 
uma densidade de tráfego menor que no resto 
da Europa permite a fácil circulação dos aparelhos. 
E, além disso, é aliciante para outras empresas 
europeias, dada a facilidade em fazer testes.
 “São uma dinâmica fundamental, os nossos 
centros de testes. 

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- Na Europa é mais difícil por causa do clima, 
da densidade de tráfego e das restrições do tráfego. 
Aqui, nós temos um espaço aéreo mais suave, 
é mais ligeiro que na Europa”, refere o 
vice-presidente da APANT.


Uma aliança entre o desenvolvimento 
dos drones, as universidades e as
 ideias criativas dos jovens também é 
uma aposta forte dos portugueses, ainda que 
em fase embrionária. Além disso, os projetos
 relacionados com a agricultura, 
levantamento topográfico, inspeções 
e segurança também não estão fora 
dos planos. Se o governo ajudar, melhor. 

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- “O governo sabe que vamos apostar 
na tecnologia e estamos convencidos 
de que António Costa também esteja a apostar
 na tecnologia”, disse Jesús Conde, adiantando que 
“a ANAC já fez um regulamento para garantir 
a segurança, mas temos de esperar pelo 
regulamento europeu. Aí será o grande 
desenvolvimento comercial e empresarial e, 
nesse momento, acredito que temos 
condições para falar com o governo.”

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